• A guerra fria esquenta

    Guerra fria – Os EUA, o mais poderoso império da história, são como o deus asteca Tezcatlipoca, alimenta-se de vítimas humanas. Um dos principais motores de sua possante economia é a indústria bélica. É preciso que haja guerras para que Wall Street obtenha altos dividendos. Ao longo do século 20, o inimigo permanente era o comunismo. Combatê-lo justificava gastos bilionários, e até mesmo

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  • Democracia em risco protesto

    A democracia em risco

    Democracia – Não nos iludamos de novo: nossa frágil democracia continua em risco. Recordo do governo João Goulart e suas propostas de reformas de base, ao início da década de 1960. As Ligas Camponeses levantavam os nordestinos. Os sindicatos defendiam com ardor os direitos adquiridos no período Vargas. A UNE era temida por seu poder de mobilização da juventude. Era óbvia a inquietação

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  • reconstrução se faz com união e mobilização

    Reconstrução se faz com mobilização

    A vi­tória elei­toral de Lula si­na­liza a der­rota das forças des­tru­tivas que se apo­de­raram da ad­mi­nis­tração fe­deral nos úl­timos quatro anos. Não sei se o lema do novo go­verno – “União e Re­cons­trução” – se trans­for­mará em fato. União na­ci­onal não é ta­refa fácil. A cul­tura bol­so­na­rista, im­preg­nada de ódio, con­ta­minou inú­meras pes­soas que se so­maram aos 58 mi­lhões de votos re­ce­bidos por

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  • Movimentos populares nas ruas para denunciar desmonte da política de habitação

    A resiliência política das bases populares

    A história da América Latina, como escreveu Eduardo Galeano, foi escrita com o sangue derramado pelas veias abertas de sua população. É uma história de resiliência, desde a resistência indígena à empresa colonizadora, passando pela rebelião dos africanos trazidos ao Continente como escravos, até as lutas por independência e soberania. Lutas de resistências e conquistas que a classe dominante insiste em ocultar, como

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  • Frei Betto e Lula, o favorito nas eleições presidenciais deste ano

    Meus votos a presidente

    Eleições – Fiz 18 anos em 1962. A eleição presidencial tinha sido no ano anterior. Jânio Quadros vencera o marechal Lott e Adhemar de Barros. Torci por Jânio, embora meus pais tenham preferido o marechal, pois minha genealogia paterna é repleta de militares, com destaque para dois generais. Veio o golpe militar de 1964 e as eleições diretas foram canceladas. O Congresso Nacional,

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  • basta de violência política

    Por que tanto medo?

        Medo da violência política – Nas campanhas políticas anteriores, desde a redemocratização em 1985, adesivos e cartazes de candidatos eram vistos afixados em veículos, lojas e domicílios. Havia bandeiras de partidos expostas do lado de fora de apartamentos e à frente de casas. Carreatas percorriam as principais vias das cidades exibindo propaganda dos candidatos. Agora, quem ousa afixar em seu carro

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  • No Brasil, mais de 33 milhões de pessoas convivem diariamente com a fome - no Brasil, a agricultura depende dos combustíveis para funcionar

    Comida no prato ou no tanque de combustível?

    Fome – No Brasil, passa de 30 milhões o número de pessoas com fome crônica. Como admitir que um país, com um território tão vasto e fértil, que colhe cerca de 270 milhões de toneladas de grãos na safra 2021/2022 (1,3 tonelada por habitante), possa ter índices tão alarmantes de famintos? E são mais de 100 milhões de habitantes em insegurança alimentar. No

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  • Cerca entre Bulgária e Turquia

    O maior condomínio de luxo do mundo

    Não sei quantos amigos meus têm contato direto com os pobres, além de faxineiras, cozinheiras, garagistas etc. Mas quase todos sabem que faço ponte entre pessoas muito pobres e/ou excluídas e o mundo dos remediados e ricos. Com frequência, promovo campanhas, como a de Quaresma, e coleto cestas básicas, medicamentos e outros bens imprescindíveis. A pobreza é aterradora e humilhante. Ninguém a escolhe.

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  • Cláudio Hummes, o cardeal defensor dos trabalhadores

    Cláudio Hummes – O papa Francisco, ao apresentar-se na sacada do Vaticano, tinha a seu lado o cardeal Hummes, articulador de sua eleição. Nascido em Montenegro (RS), em 8 de agosto de 1934, Dom Cláudio morreu no último dia 4 de julho. Ele tornou-se frade franciscano e foi ordenado sacerdote em 1958. Sagrado bispo em 1975, João Paulo II o nomeou cardeal em

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  • Carlito Maia, senhor cidadania

    Meu querido Carlito, você partiu há 20 anos. Viver não pode ser sinônimo de sofrer, e a sua agonia se prolongou por muito tempo. A última vez que nos vimos foi na terça, 18 de junho de 2002. Você estava muito sereno quando, ao lado de Tereza, dei-lhe a bênção da despedida. Agradecemos ao Pai/Mãe de Amor o dom de sua existência. Agora,

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  • Retrocesso: efeitos de quatro anos de governo Bolsonaro no Brasil

    Em quase quatro anos de (des)governo Bolsonaro, o Brasil continua a andar para trás. De novo, a fome (33,1 milhões de pessoas), a insegurança alimentar, a inflação (há nove meses acima de 10%), o aumento dos combustíveis e da energia elétrica, o desemprego, a evasão escolar, a escalada dos juros, o endividamento progressivo das famílias (65 milhões de endividados), o retorno de doenças

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  • O movimento dos sem direitos

    No Brasil, atualmente, 40 milhões de pessoas se encontram, oficialmente, no mercado informal de trabalho. Ou seja, não têm carteira assinada nem direitos assegurados. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, o Brasil chegou à marca de 40,2% de informalidade no mercado de trabalho no primeiro trimestre de 2022. Isso significa que quase metade da população brasileira ganha a

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  • México, a quarta transformação

    Passei vários dias na Cidade do México a convite do INFP (Instituto Nacional de Formação Política) do Morena, partido do presidente López Obrador, dirigido pelo cartunista Rafael Barajas, mais conhecido com El Fisgón. Fui convidado a dar curso de educação popular para um seleto grupo de militantes que se propõe a multiplicar a metodologia de Paulo Freire na criação de equipes de trabalho

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  • Mundo à deriva

    Até meados do século XX, a mobilidade humana era muito restrita. As pessoas mantinham vínculos comunitários mais estreitos. Relacionavam-se, por toda a vida, com familiares, amigos, frequentadores da mesma igreja ou do mesmo clube. Se viagens ocorriam, eram periódicas, e quase nunca para lugares muito distantes dos limites da cidade. Avós, pais e irmãos moravam, quase todos, próximos uns dos outros. Isso reforçava

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  • Ecocídio & genocídio

    Ecocídio – A política antiindigenista adotada pelo atual governo federal se baseia no tripé: desconstitucionalização dos direitos; desterritorialização; e tentativa de integração dos indígenas à sociedade majoritária. Essa antipolítica inviabiliza os procedimentos de regularização fundiária dos territórios indígenas; não coíbe invasões, exploração ilegal dos recursos naturais, desmatamento (que, em 2021, ultrapassou 8 mil km2 na Amazônia), queimadas, grilagem, loteamentos e arrendamentos de terras.

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  • Será novo este ano?

    Esse novo ano ainda tem cara de velho. Teremos de aguentar um genocida negacionista no poder até 31 de dezembro. Não vai ser fácil! E tudo isso agravado pela Covid-19, que muitos pensam ser possível erradicar, com medidas paliativas e a vacinação de apenas uma parcela da população mundial, quando tudo indica que o vírus, que não faz distinção de classe ou etnia,

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  • Aceite ser manipulado: tenha ódio de política

    Ódio de política – Há uma tradicional maneira de caçar ratos: basta colocar um pedaço de queijo dentro de uma armadilha. O roedor sente o cheiro da iguaria e, ágil, corre para devorá-la. Ao se aproximar, comete um erro involuntário que lhe custa a vida: pisa no mecanismo que fecha, automaticamente, a ratoeira, aprisionando-o. É o que faz o populismo de direita para

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  • fome bolsonaro

    Combater a fome e o veneno na alimentação

    Fome – A alimentação é o direito humano número 1. No Brasil, 19 milhões de pessoas (9% da população) padecem de fome crônica, agravada pela pandemia, o desemprego, o aumento dos preços dos alimentos (o maior desde 2003) e, sobretudo, o desgoverno Bolsonaro. A insegurança alimentar moderada e grave afetou 21,5% da população em 2004; 10,3% em 2013; e em 2020 chegou a

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  • imagem de Carlos Marighella

    Meus encontros com Marighella

    Marighella – Vi o filme dirigido por Wagner Moura. Um importante documento sobre a resistência à ditadura militar e a trajetória do destacado revolucionário brasileiro dos movimentos de luta armada Carlos Marighella. Nos ensaios, falei a atores e atrizes do filme sobre a ALN (Ação Libertadora Nacional), da qual fui militante. Sei dos desafios que Moura enfrentou para superar a falta de recursos

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  • Lula e Boulos

    Boulos e Lula – Tenho visto com muita preocupação militantes petistas afirmarem com veemência que não apoiarão a candidatura de Guilherme Boulos ao governo de São Paulo. Será que a esquerda não aprendeu nada com o que aconteceu no Brasil nos últimos anos? Não aprendeu a identificar qual o lado, o compromisso de cada um e a importância de ao menos uma frente

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  • racismonão

    Não existem raças, existe racismo

    Racismo Brasil – Não existem raças, afirma o antropólogo italiano Marino Niola. Elas existem apenas como “mito político”. É preciso excluir a palavra raça dos vocabulários da ciência, do marketing e da Constituição brasileira, cujo artigo 3, inciso XLI, reza: “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer

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