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Modos de acabar com uma raça
Os novos escravos são espancados, enquanto comunicadores na televisão aprovam e ganham dinheiro e fama por açular a massa para o linchamento de marginais. Alguma coisa eles fizeram Existem vários modos de acabar com os negros. No primeiro deles, o mais cruel, é sob tortura e espancamento de ódio. Um linchamento público, com assistência sob o sol, chope e passividade. Se um negro
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Antônio Maria em Vento Vadio
Antônio Maria – Nas frases cômicas, nos textos humorísticos, Antônio Maria é como Garrincha. Imaginamos o lado para o qual ele vai dar o drible, mas ainda assim somos enganados. Porque ele é imprevisível “Com vocês, por mais incrível que pareça, Antônio Maria. Brasileiro, cansado, 43 anos, cardisplicente (isto é: homem que desdenha do próprio coração). Profissão: esperança”. Assim terminava a crônica “Evangelho,
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A ditadura brasileira e os dois demônios
Aqui, continuamos com os dois demônios no discurso da direita: “Se houve assassinatos, houve assassinatos dos dois lados”. Pior, temos continuado sob o demônio do terror de Estado, pois volta o negacionismo da ditadura Leio na SWI swissinfo.ch: “Buenos Aires, 8 dic (EFE).- El presidente argentino, Alberto Fernández, homenajeó este miércoles a las doce personas secuestradas entre el 8 y el 10 de
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Doença mental sob o desgoverno Bolsonaro
Me refiro ao desequilíbrio mental em brasileiros dignos, estudiosos, necessários para o desenvolvimento econômico e cultural em nosso país. Acompanhem, por favor, e vão notar que não exagero No momento em que escrevo, percebo mais uma trágica semelhança entre o golpe militar de 1964 e o fascismo em 2021 da presidência do Brasil. Eu me refiro ao desequilíbrio mental em brasileiros dignos, estudiosos,
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Fome per capita do Brasil e Jonathan Swift
Mas a média per capita jamais explicará por que se temos dois frangos para dois homens, portanto, a média de 1 para cada homem, um deles pode comer dois frangos, enquanto o outro apenas saliva Fome Brasil – O estímulo para esta coluna veio da notícia da Folha de São Paulo: “Produção de comida per capita sobe no país, mas fome avança mesmo
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Eric Hobsbawm – A história em uma vida
Eric Hobsbawm – Neste primeiro de outubro, é lembrado em todo o mundo o gênio de Eric Hobsbawm, que faleceu em um dia como hoje em 2012. Se não nos enganamos, ele foi o maior historiador do século vinte. Talvez a sua obra se mantenha ainda acima dos demais até mesmo nos mais recentes dias deste século. Como agora, quando atravessamos um Brasil
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Paulo Freire, educador do mundo
Nascido no Recife em 19 de setembro de 1921, Paulo Freire superou a contradição de ser recifense e cidadão do mundo inteiro ao mesmo tempo. No domingo, ele completaria 100 anos. Na verdade, outros cem anos vão passar e não passará a lembrança da sua obra em todas as gentes. Paulo Freire superou a contradição de ser recifense e cidadão do mundo inteiro
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A escravidão brasileira na Holanda e em Pernambuco
Escravidão – Para a nossa própria história e do Nordeste do açúcar, em especial, para o que em Gilberto é prosa encantatória, a realidade de escravos assassinados, enquanto a rotina do engenho seguia. Tudo isso é tão Brasil, amigos. Artigo na Folha de São Paulo informa que o Brasil sustentou luxo de escravocratas holandeses, cujos retratos são mostrados em exposição na Holanda. De
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Acender uma vela pelo Brasil
Na gravidade da hora deste presente, em mais de um sentido, em todos os sentidos, penso que deveríamos acender muitas velas, milhões de velas pelo Brasil. No povo, principalmente entre os seguidores dos cultos afro-brasileiros, é costume acender uma vela para a realização de um desejo. Se uma filha vai fazer um concurso, se um filho tem uma prova difícil, no mesmo dia,
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Nelson Rodrigues: o reacionário da boca pra fora
Nos textos que publicava na imprensa durante a ditadura, eram impagáveis as suas caricaturas contra ídolos da esquerda brasileira, até o dia em que prenderam o seu filho Nelsinho como terrorista. Nelson Rodrigues, conhecido como “o dramaturgo carioca”, é o recifense que os cariocas querem naturalizar. Não digo isso por gosto da frase ou provocação. A justificativa para o deslocamento da identidade é
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Andersen para estas horas do Brasil
Certa vez, o Barão de Itararé publicou este pensamento genial: “Houve um tempo em que os animais falavam. Hoje, no Brasil, eles até escrevem” Notem o quanto o Barão era profético. Pois na presidência do Brasil, no começo do ano um asno, ou no começo do asno um ano escreveu: “Você lembra como eram os livros p/ nossos filhos em governos anteriores? Carregados
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O conto infantil segundo Bolsonaro
Neste começo de 2020, o breve tuitou: “Você lembra como eram os livros p/ nossos filhos em governos anteriores? Carregados de ideologias, ofendiam as famílias, atentavam contra a inocência das crianças. Isso mudou. Estamos ensinando o correto, aquilo que os pais sempre desejaram para seus filhos” (Jair M. Bolsonaro) Contam que depois desse tuíte, Jair M. continuou neste primor de interpretação literária: Olhem
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O presidente invisível
No romance “O homem invisível”, H. G. Wells conta a história de um cientista que se tornou invisível a ponto de roubar e ninguém saber, de ferir, de matar e ninguém descobrir o criminoso, pois que era invisível. Assim começa o livro de H. G. Wells em livre tradução: “O desconhecido chegou em um dia de tempestade, debaixo de um vento cortante, no
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Por que o ódio a Jesus?
No sábado da semana que passou, fui abordado de modo abusivo, insistente, diante de sinal de trânsito. Um grupo de evangélicas me incomodou com a exigência de eu receber um panfleto da sua igreja. Mas de um modo tão antipático, que me deixou em dúvida se aceitaria o impresso Em condições normais, eu não vacilaria. Leitor que sou da Bíblia, tenho curiosidade em saber
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13 de maio
13 de maio – Os primeiros trezes de maio que lembro, em mistura aos goles do café, me vêm do Ginásio Ipiranga na infância. Olho para o lado agora como se nada visse, assim como os colegas negros em 1961 olhavam de lado, ou baixavam os olhos, ao ouvirem a lição lida em voz alta no livro didático: “ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO – A
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Escolas militares x escolas civis
Talvez fosse melhor pôr o título “Escolas Militares x Escolas públicas”. Ou mesmo o Ensino da falsa história nas escolas militares. Quero dizer: penso nos jovens dos Colégios Militares, nos rapazes e mocinhas ardorosos obrigados a decorar algo como uma História vazia e violentadora, a que chamam História do Brasil – Império e República, de uma Coleção Marechal Trompowsky. Da Biblioteca do Exército.
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Dom Hélder Câmara e o Brasil hoje
Imagino Dom Helder Câmara no país destes dias sombrios, hipócritas, de bancada da Bíblia e fundamentalistas. E não é preciso muito imaginar, porque ele já nos respondeu em uma crônica para o rádio em 28 de janeiro de 1977. Da fala e texto, destaco: “É impressionante como é fácil parecer bom e como é difícil ser justo. Mas Justiça, para muitos, tornou-se uma
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O bolsominion
De imediato, pensamos nele como um idiota ou imbecil. Mas isso é muito leve. Não se deve criminalizar um idiota, coitado, que chegou a esse estado em caminhos naturais, digo, por infelicidade da natureza. Nem tampouco ele pode ser visto como um imbecil, que se tornou ou se fez assim muito contra a vontade Bolsominion – Jamais alguém gostou de ser tido como