• A guerra fria esquenta

    Guerra fria – Os EUA, o mais poderoso império da história, são como o deus asteca Tezcatlipoca, alimenta-se de vítimas humanas. Um dos principais motores de sua possante economia é a indústria bélica. É preciso que haja guerras para que Wall Street obtenha altos dividendos. Ao longo do século 20, o inimigo permanente era o comunismo. Combatê-lo justificava gastos bilionários, e até mesmo

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  • O futuro do jornalismo depende da sua sustentabilidade financeira

    Jornalismo futuro – O jornalismo precisa escolher entre ser uma atividade sem fins lucrativos ou estar associado a uma prática comercial. É uma escolha nova diante de uma situação, também nova, vivida pela profissão desde o início da era digital. Trata-se de optar entre condicionar o exercício e a sustentabilidade financeira do jornalismo ao interesse social, ou manter a situação atual em que

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  • Nós, jornalistas, temos uma dívida com Bruno e Dom

    Bruno Pereira e Dom Phillips – O assassinato de Dom Phillips colocou o jornalismo brasileiro diante da obrigação profissional de continuar e aprofundar a investigação que o colaborador do jornal britânico The Guardian vinha fazendo sobre a ampliação do controle do crime organizado na Amazônia. A captura e punição dos criminosos é uma obrigação do estado brasileiro, mas o detalhamento do processo criminoso

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  • O que é ser jornalista hoje?

    A imagem clássica do jornalismo deixou de ser a do repórter com bloco de notas e caneta na mão. Ele não é mais o único que produz uma notícia. Há múltiplos atores agora. É o fotografo que documenta flashes de uma realidade. É o cinegrafista que registra uma cena. O programador que monta um infográfico animado. Quem cria um projeto de realidade virtual para

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  • Ucrânia: o jornalismo precisa fazer uma autocrítica

    Nós, jornalistas, precisamos fazer uma dolorosa autocrítica. Acabamos participantes da construção de uma narrativa sobre a guerra na Ucrânia que está nos levando a uma crise mundial, cujo desfecho é uma gigantesca incógnita, onde apenas uma coisa é certa: o número de perdedores poderá ser muitíssimo maior do que o de ganhadores. Como jornalistas, selecionamos, formatamos e publicamos dados, fatos e eventos sobre

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  • Quem não paga imposto no Brasil?

    Li esse pequeno texto no perfil do jornalista Gustavo Gindre: “os quatro irmãos Salles são os principais acionistas do Itaú (cujo lucro líquido em 2021 foi de R$ 26,9 bilhões) e da CBMM (maior mineradora de nióbio do mundo). Calcula-se por alto que juntos eles possuam quase R$ 60 bilhões em patrimônio. Pois bem, quanto esses quatro senhores pagam de imposto de renda

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  • Etarismo ou o drama de ser velho no capitalismo

    Idosos no Brasil – Tenho observado muita gente falando nas redes sociais sobre o lance da velhice e sobre o direito de se parecer velho. Li textos e vi vídeos de mulheres discutindo a beleza de envelhecer e de seguir o rumo da vida, libertas de tintas e estereótipos estéticos. Embutido nesse discurso, claro, a crítica de um mundo no qual o velho

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  • tolstoi guerra ucrânia

    As guerras do Império Russo em expansão: Tolstói e seu livro autobiográfico

    A Rússia sempre guerreou para expandir seu império. Em meados do século XIX, a Rússia guerreou contra as tribos muçulmanas da Tchetchênia e do Afeganistão. O escritor genial, Lev Tolstói, tomou os últimos vinte anos de sua vida para escrever o romance Khaddji-Murát, baseado em memórias de sua juventude como oficial do exército czarista. Quando, aos 82 anos, ele abandonou de vez a

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  • bomba nuclear risco

    Relógio do Apocalipse indica risco nuclear recorde

    Relógio do apocalipse – Os ponteiros do simbólico relógio, criado há 75 anos (1947) para medir o perigo de uma guerra nuclear global, mostram que estamos a meros 100 segundos entre o lançamento da primeira bomba atômica e o início de uma retaliação que pode levar à destruição de boa parte do planeta Terra. É apenas a segunda vez na história do relógio que

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  • A inevitável escalada da guerra nas fronteiras russas

    por André Márcio Neves Soares […] A guerra nunca partiu, filho. As guerras são como as estações do ano: ficam suspensas, a amadurecer no ódio da gente miúda […] Mia Couto, “O Último voo do Flamingo”. Nos últimos dias, estamos vendo uma guerra que, mesmo ainda localizada, deve mudar os rumos do cenário geopolítico nos próximos anos, quiçá décadas. De fato, a “guerra

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  • O jornalismo diante de um “divórcio” complicado

    A relação do jornalismo com as elites políticas e empresariais entrou num período de turbulência em quase todo mundo, sinalizando a possibilidade de ruptura de um modelo vigente há mais de um século na imprensa. A turbulência surgiu a partir da divisão entre liberais democráticos e conservadores autoritários nas várias esferas do poder bem como no mundo corporativo. O caso brasileiro permite visualizar

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  • Mundo à deriva

    Até meados do século XX, a mobilidade humana era muito restrita. As pessoas mantinham vínculos comunitários mais estreitos. Relacionavam-se, por toda a vida, com familiares, amigos, frequentadores da mesma igreja ou do mesmo clube. Se viagens ocorriam, eram periódicas, e quase nunca para lugares muito distantes dos limites da cidade. Avós, pais e irmãos moravam, quase todos, próximos uns dos outros. Isso reforçava

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  • Monark, o radical da praça de alimentação

    Monark, o youtuber, é a efígie de uma geração idiotizada, escrava das métricas, e vazia. Uma geração que tem opinião formada a partir de mesa de bar e corrente de WhatsApp. Descrentes de qualquer fonte científica por que tem um brother do amigo dele do outro condomínio ou por que a mãe trabalha na área, que garantiu “não ser assim não”. Extremamente carentes,

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  • evangélicos brasil

    A ditadura teocrático-miliciana: o sonho do evangelismo monetário no Brasil

    A história do século XVI, por ter sido um dos momentos mais importantes da formação da civilização ocidental, nos propicia uma série de ensinamentos para os tempos pós-modernos que vivemos. Talvez o mais importante exemplo seja aquele da primeira ditadura teocrática-miliciana, que por vinte e cinco anos sufocou e destruiu a cidade mais democrática de toda a Europa: Genebra. Até mesmo o surto

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  • Será novo este ano?

    Esse novo ano ainda tem cara de velho. Teremos de aguentar um genocida negacionista no poder até 31 de dezembro. Não vai ser fácil! E tudo isso agravado pela Covid-19, que muitos pensam ser possível erradicar, com medidas paliativas e a vacinação de apenas uma parcela da população mundial, quando tudo indica que o vírus, que não faz distinção de classe ou etnia,

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  • causa trans

    Poema da ativista trans-travesti Patrícia Borges

    Ah, sociedade, se você me desse oportunidade Teria uma profissão Seria doutora, advogada, até juíza Mas quando era pra mim estar estudando Eu estava sendo minha própria professora Correndo atrás do pão de cada dia 13 anos de idade Com responsabilidade de pessoa maior de idade. Mais uma vez, essa sociedade normativa Diz quem sou, A todo momento me rotula. Diz que tenho

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  • artista jaider esbell

    Floresta em pé, o fascismo e o PL 490 no chão

    “Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá”. (Mario de Andrade no livro Macunaíma) Jaider Esbell vive!  – Na noite do último dia 2 de novembro, soube da morte do artista plástico e ativista indígena Jaider Esbell, 41 anos, encontrado sem vida numa pousada em Juquehy,

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  • Fome per capita do Brasil e Jonathan Swift

    Mas a média per capita jamais explicará por que se temos dois frangos para dois homens, portanto, a média de 1 para cada homem, um deles pode comer dois frangos, enquanto o outro apenas saliva Fome Brasil – O estímulo para esta coluna veio da notícia da Folha de São Paulo: “Produção de comida per capita sobe no país, mas fome avança mesmo

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  • Paulo Freire, educador do mundo

    Nascido no Recife em 19 de setembro de 1921, Paulo Freire superou a contradição de ser recifense e cidadão do mundo inteiro ao mesmo tempo. No domingo, ele completaria 100 anos. Na verdade, outros cem anos vão passar e não passará a lembrança da sua obra em todas as gentes. Paulo Freire superou a contradição de ser recifense e cidadão do mundo inteiro

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  • A escravidão brasileira na Holanda e em Pernambuco

    Escravidão brasileira – Para a nossa própria história e do Nordeste do açúcar, em especial, para o que em Gilberto é prosa encantatória, a realidade de escravos assassinados, enquanto a rotina do engenho seguia. Tudo isso é tão Brasil, amigos. Artigo na Folha de São Paulo informa que o Brasil sustentou luxo de escravocratas holandeses, cujos retratos são mostrados em exposição na Holanda.

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  • “Vai trabalhar, vagabundo!”

    I. O Malandro.  Nos compêndios de economia política, numa sociedade onde o modo de produção capitalista é hegemônico, existem duas classes, dois importantes agentes de produção antagônicos: o capital (que detém os meios de produção) e o trabalho (força laboral dos trabalhadores). Com a intensificação da industrialização nos anos 1930, uma grande massa de trabalhadores migra do campo para a cidade nas áreas urbano-industriais, onde

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