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O Brasil em tempos de Olimpíadas e chantagens
Olimpíadas – Os dias têm sido assim. De dia, a CPI da Covid no Congresso Nacional, um teatro de emoções simuladas, mentiras e atuações dramáticas que parecem ir para lugar nenhum. De noite, as Olimpíadas, onde atletas mal pagos, sem patrocínio e sem espaço para treinamento disputam os esportes individuais, alguns até arrebatando medalhas, o que faz a mídia entreguista vibrar e enaltecer
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Estação Botujuru
“(…) Centenas vão sentados e milhares vão em pé”.
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Estação Várzea Paulista
“Essas coisas, agora, são como se não tivessem sido”.
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Estação Terminal Jundiahy
“(…) Vai e
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Estação Francisco Morato
HOMENS HORA [HH]: – É a soma das horas consumidas pelo total de homens que executam determinado serviço. Glossário dos Termos Ferroviários A CPTM informa: A CPTM informa: A CPTM informa: A CPTM informa: A CPTM informa: A CPTM informa: A CPTM informa: A CPTM informa: A CPTM informa: A CPTM informa: A CPTM informa: A CPTM informa: A CPTM informa: A
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Lúcio, um cadeirante
Desliza por entre as corcovas da rua; desempregado, em desalento, fedendo muito e andrajoso: Lúcio, cuja única condição de quase toda vida é ser cadeirante. Não é possível lhe decifrar pelo rosto a idade, ele não possuí planos de saúde para o futuro próximo, nunca fez exercícios matinais, dietas ou hatha yoga para tornar saudável o corpo. Sem celular e sem relógio. Nunca
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Réquiem para Diego
Ontem foi um dia que chorei um bocado. Cada vez que entrava na internet e via algum escrito sobre Diego Maradona, era uma sensação de perda profunda e dolorida. O Maradona era um cara especial. Um tipo que ficou famoso e poderia ter simplesmente vivido sua fama, sua grana, tornando-se um babaca como tantos que conhecemos. Não é fácil sair da pobreza, conquistar
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E depois da pandemia?
Como será o “dia seguinte” dessa pandemia? O que mudará em nossos países e em nossas vidas? Ainda é cedo para previsões. Alguns sinais, porém, já indicam que, ao contrário do que diz a canção, não viveremos como os nossos pais. Por que a China conseguiu deter a epidemia em tempo relativamente curto, se considerarmos que, numa população que ultrapassa 1 bilhão de
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Andersen para estas horas do Brasil
Certa vez, o Barão de Itararé publicou este pensamento genial: “Houve um tempo em que os animais falavam. Hoje, no Brasil, eles até escrevem” Notem o quanto o Barão era profético. Pois na presidência do Brasil, no começo do ano um asno, ou no começo do asno um ano escreveu: “Você lembra como eram os livros p/ nossos filhos em governos anteriores? Carregados
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Agoricidade
A pós-modernidade, com suas novas tecnologias, contrai o tempo histórico e esgarça os espaços sociais, agora atomizados em tribos e grupos. Ao destronar as grandes narrativas, a globocolonização nos comprime na agoricidade – a plenitude do agora. O antes e o depois já não importam. Desde a queda do Muro de Berlim, o sistema nos colocou viseiras que não nos deixam alternativa senão
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O conto infantil segundo Bolsonaro
Neste começo de 2020, o breve tuitou: “Você lembra como eram os livros p/ nossos filhos em governos anteriores? Carregados de ideologias, ofendiam as famílias, atentavam contra a inocência das crianças. Isso mudou. Estamos ensinando o correto, aquilo que os pais sempre desejaram para seus filhos” (Jair M. Bolsonaro) Contam que depois desse tuíte, Jair M. continuou neste primor de interpretação literária: Olhem
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Somos todos pós-verdade?
A resposta é sim, se comungamos essa angústia, esse sentimento de frustração frente aos sonhos idílicos da modernidade. Quem diria que a revolução russa terminaria em gulags; a chinesa, em capitalismo de Estado; e tantos partidos de esquerda assumiriam o poder como o violinista que pega o instrumento com a esquerda e toca com a direita? Quem diria que a especulação superaria a
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O presidente invisível
No romance “O homem invisível”, H. G. Wells conta a história de um cientista que se tornou invisível a ponto de roubar e ninguém saber, de ferir, de matar e ninguém descobrir o criminoso, pois que era invisível. Assim começa o livro de H. G. Wells em livre tradução: “O desconhecido chegou em um dia de tempestade, debaixo de um vento cortante, no
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Glenn Greenwald, o norte-americano brasileiríssimo
Na homenagem ao jornalista Glenn Greenwald e equipe do The Intercept Brasil realizada na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), tive o prazer de conversar com ele e fazer o seguinte comentário, que, aliás, agradeceu imensamente. Falei que governo norte-americano sempre mandou para o Brasil os maiores canalhas e golpistas que fizeram as maiores sabotagens contra o povo brasileiro nos últimos 70 anos. Afirmei
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A verdade assassinada
Verdade assassinada – Sempre foi difícil para as pessoas saber onde se esconde a verdade. Durante muito tempo ela aparecia como revelada por deus. Desde um livro, escrito por sacerdotes de uma igreja, deus falava e estava dito. Poucos eram os que questionavam. E assim, os homens do poder, usando deus como escudo, iam definindo a verdade em seu benefício. Depois, com o
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O bolsominion
De imediato, pensamos nele como um idiota ou imbecil. Mas isso é muito leve. Não se deve criminalizar um idiota, coitado, que chegou a esse estado em caminhos naturais, digo, por infelicidade da natureza. Nem tampouco ele pode ser visto como um imbecil, que se tornou ou se fez assim muito contra a vontade Bolsominion – Jamais alguém gostou de ser tido como
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A terra é plana!
Homem de fé que sou, e ainda mais mineiro, sempre desconfiei dessa ciência influenciada pelo marxismo. Se a Terra fosse redonda e girasse em torno do próprio eixo, no mínimo deveríamos sentir tonturas. Esse preconceito contra o geocentrismo de Ptolomeu decorre dos malévolos conceitos paulofreirianos assumidos por Copérnico e Galileu. Eles adotaram o princípio marxista de que o lugar social determina o lugar