Zona Curva

Governo Bolsonaro agrava a violência contra ativistas

Brasil ocupa o terceiro lugar entre os países mais letais para ativistas ambientais e de direitos humanos

O informe anual de 2021 da Anistia Internacional revela que três em cada quatro ataques letais sofridos por ativistas ambientais ocorreram na América Latina. O Brasil ocupa a terceira posição na região, atrás apenas de Colômbia e México.

O relatório também aponta que cerca de 30% dos ataques estão ligados à extração de recursos naturais como o agronegócio e a venda de madeira. A região amazônica foi registrada como a mais perigosa, onde ocorreu 75% dos casos de homicídio no país.

O Governo Bolsonaro com sua política antiambiental em prol dos interesses de garimpeiros ilegais e do lado mais violento do agronegócio estão entre as causas do agravamento dessa violência contra ativistas.

Um caso que ganhou repercussão foi o do líder indígena Ari Uru-Eu-Wau-Wau, assassinado em abril de 2020, no município de Jaru, em Rondônia. Ele era responsável pelo registro e denúncia de retiradas ilegais de madeira na aldeia Uru-Eu-Wau-Wau .

Ainda em 2021, foram espalhados outdoors por municípios de Rondônia com a pergunta: “Quem matou Ari Uru-Eu-Wau-Wau?. Dois anos após a morte do ativista, parentes, amigos e ambientalistas lutam pela federalização do caso, na esperança de que a polícia encontre o o assassino.

O líder indígena Ari Uru-Eu-Wau-Wa no Rio Jamari durante fiscalização no território indígena; ele foi encontrado morto com sinais de espancamento há dois anos (Fonte: equipe de Audiovisual Uru-eu-wau-wau/Jupaú)

O caso mais emblemático continua sendo o assassinato de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. A vereadora do Rio de Janeiro militava a favor de pautas como a feminista, antirracista e LGBTQIA+. 

Apesar de o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ter acusado Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como os responsáveis pelo homicídio, ainda falta o MPRJ e a Polícia Civil responderem quem é o mandante e qual foi a motivação do crime. O caso de Marielle expôs a violência presente na política brasileira, e escancarou a impunidade dos grupos paramilitares presentes no estado do Rio de Janeiro, visto que os acusados têm ligação com as milícias cariocas.

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