
Grândola Vila Morena, a canção que embalou a Revolução dos Cravos
A canção Grândola Vila Morena foi escrita por Zeca Afonso em 1964 e lançada no álbum “Cantigas de maio” em 1971. Grândola tornou-se símbolo da Revolução dos Cravos que libertou Portugal da ditadura em 25 de abril de 1974. O regime de exceção em Portugal durou 41 anos, de 1933 a 1974. Durante o período, Portugal viveu boa parte desse período nas mãos de António de Oliveira Salazar, que morreu em 1970.
Antes de viver alguns anos em Moçambique, o cantor e compositor Zeca Afonso já havia sido perseguido pela temida PIDE, polícia política do governo português, e duas de suas músicas foram censuradas: “Menino do bairro negro” e “Os Vampiros”. Na última, Zeca cantava: “Eles comem tudo e não deixam nada”, recado direto ao governo.

A música foi a senha para o início do levante quando foi tocada logo após a meia noite na Rádio Renascença e foi ouvida pelas tropas que lideraram a revolução em diversos quartéis.
Zeca Afonso morreu em 23 de fevereiro de 1987 e Grândola Vila Morena é sempre lembrada em protestos políticos em Portugal e outras partes do mundo.
Outras versões da música:
Nara Leão:
A banda punk paulistana 365:
Garotos Podres:
Banda punk Juventude maldita:
Grândola Vila Morena entoada por espanhóis:
Os Autoramas:
Belgas cantam Grândola:
Grândola ao vivo:
Amália Rodrigues:
Letra completa da música: Grândola, vila morena, Dentro de ti, ó cidade, Em cada esquina um amigo, Terra da fraternidade, À sombra duma azinheira, Grândola’a tua vontade |
Mestre em Tecnologias da Inteligência pela PUC-SP com a dissertação “Aspectos da mídia livre como resistência digital” e jornalista (formado e pós-graduado em Jornalismo Multimídia pela PUC-SP) com mais de 25 anos de experiência. Já trabalhou nas redações do Jornal da Tarde, Agora, Caros Amigos, Shopping News, entre outras. Criou o Zonacurva em 2011 como espaço para a prática do jornalismo livre e crítico nas redes digitais.

Comments (3)
Muito bom seu blog. Descobri agora, mas nunca é tarde. Muitas informações importantes para nós, militantes da luta pela liberdade, contra o fascismo. Pena que lá na barra de endereços tem um aviso de não ser seguro. Tamos juntos. Ninguém solta a mão de ninguém.
Já estamos resolvendo isso, Lolita, obrigado e forte abraço
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