-
A resistência de Gal Costa à ditadura civil-militar
Faleceu na manhã de 9 de novembro (quarta), a cantora Gal Costa aos 77 anos Nascida na Bahia, Gal Costa foi sinônimo de resistência durante a ditadura brasileira. Muito ativa nos movimentos contra o governo da época, ela lutou contra a censura e por pautas sociais como a defesa dos direitos LGBT. Após o exílio de Caetano Veloso e Gilberto Gil, coube à
-
Brasil avermelhou
Lula eleito – Depois de uma semana tensa, na qual um apoiador de Jair Bolsonaro feriu policiais com tiros e granada e uma deputada bolsonarista perseguiu um homem negro pela rua afora, armada de pistola, a população brasileira deu sua resposta. Era chegada a hora de colocar fim a um dos governos mais destrutivos da história do Brasil. Derrotar Bolsonaro e sua política
-
A imprensa ainda não sabe lidar com a mentira em campanhas eleitorais
O episódio Damares Alves envolvendo supostas violências sexuais contra crianças na ilha de Marajó mostrou como o jornalismo e a imprensa brasileira como um todo estão desnorteados diante da normalização da mentira como ferramenta eleitoral. As declarações da ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos se mostraram tão fantasticamente inverossímeis que a maior parte do público leitor de jornais não se preocupou com
-
Haiti: povo em luta, governo títere
Haiti – Desde há semanas que a população do Haiti, principalmente a das grandes cidades, promove protestos, marchas e atos contra a inoperância do governo local, incapaz de organizar a vida e de dar resposta para a situação de violência extrema que se espalha pelo país com a ação de grupos armados. Há denúncias de violação de mulheres, falta de comida, transporte, novos
-
Um dia na Ocupação Manoel Aleixo, em Mauá
A repórter Zonacurva, Letícia Coimbra, visitou a Ocupação Manoel Aleixo, na Vila Bocaina, em Mauá, e conversou com Selma Neila, coordenadora desta e da Ocupação Antônio Conselheiro Selma diz que muitas pessoas escolhem priorizar a alimentação ou o aluguel, tal como ela precisou. “Tive que escolher, ou pagava água ou pagava luz, ou comia ou pagava o aluguel. E a gente sempre pagava
-
José Falero e a literatura de combate
Colaborou Letícia Coimbra O CONVERSA AO VIVO ZONACURVA do dia 15 de setembro recebeu o escritor José Falero, autor do romance “Os Supridores”, obra indicada ao prêmio Jabuti em 2021 e vencedor do prêmio Ages (Associação Gaúcha de Escritores) de livro do ano. O programa foi apresentado por Fernando do Valle, editor do Zona Curva. Estudo dos livros de Falero nas escolas
-
Dois toques sobre a eleição no Brasil
Eleições 2022 – Antes da eleição eu estava sentada lá no Elias, comendo um pastel. Sentou ao meu lado um homem e logo puxou conversa perguntando em quem eu iria votar. Não era um homem sem cultura formal, era um brasileiro médio, pequeno empresário e bem articulado. Respondi que não sabia ainda, para dar corda. Ele então começou a falar sobre as propostas
-
“Nós vamos juntar os diferentes para vencer os antagônicos”, diz Lula
Na tarde desta quarta-feira (dia 7 de outubro), o ex-presidente Lula reuniu-se com 16 senadores de 19 Estados e 12 governadores que o estão apoiando no segundo turno das eleições presidenciais contra Jair Bolsonaro. No encontro, que aconteceu em um hotel no centro da cidade de São Paulo, eles falaram sobre os desafios para a vitória do petista no segundo turno. Estavam presentes
-
Indigenista Ricardo Rao conta como escrachou Marcelo Xavier
Colaborou Letícia Coimbra O CONVERSA AO VIVO ZONACURVA teve o prazer de receber, pela segunda vez, o indigenista Ricardo Rao, que vive exilado em Roma devido às ameaças de morte recebidas durante seu trabalho no Maranhão. O programa foi apresentado por Fernando do Valle, editor do Zona Curva, e contou com a participação do advogado Roberto Lamari e Luis Lopes, do Portal
-
Meus votos a presidente
Eleições – Fiz 18 anos em 1962. A eleição presidencial tinha sido no ano anterior. Jânio Quadros vencera o marechal Lott e Adhemar de Barros. Torci por Jânio, embora meus pais tenham preferido o marechal, pois minha genealogia paterna é repleta de militares, com destaque para dois generais. Veio o golpe militar de 1964 e as eleições diretas foram canceladas. O Congresso Nacional,
-
Perdemos o bonde da história
Capitalismo humanizado – Quando no começo dos anos 2000 surgiu o Fórum Social Mundial, em contraponto ao Fórum de Davos, já nas primeiras edições, uma coisa ficou bem clara: estavam em disputa ali duas concepções de luta. Uma, que apontava a possibilidade da convivência pacífica com o sistema capitalista (o capitalismo humanizado) e outra que negava veementemente isso, mostrando que é impossível um
-
Por que tanto medo?
Medo da violência política – Nas campanhas políticas anteriores, desde a redemocratização em 1985, adesivos e cartazes de candidatos eram vistos afixados em veículos, lojas e domicílios. Havia bandeiras de partidos expostas do lado de fora de apartamentos e à frente de casas. Carreatas percorriam as principais vias das cidades exibindo propaganda dos candidatos. Agora, quem ousa afixar em seu carro
-
A terceira morte de Trotsky
Trotsky – Conta a história que, em função dos atentados sofridos, Leon Trotsky teve pelo menos 3 mortes. Na primeira delas, em 24 de maio de 1940, quando o pintor David Siqueiros liderou um ataque à casa onde Trotsky vivia. Mas apesar do fogo pesado de metralhadoras, fuzis automáticos de calibre 30 e bombas incendiárias, Trótsky escapou por um triz. “Nasci de novo”,
-
Eleições: por que vencem as mentiras (fake news)?
As novas tecnologias têm sido denunciadas como um grande entrave para a democracia e, em muitos casos, são apontadas como responsáveis pela eleição de alguém, como foi no Brasil, ou pelo rechaço de algo, como foi no Chile. As correntes no uatizapi, a enxurrada de mentiras nas redes sociais, a manipulação nas plataformas, a alienação em outras. Bom, isso pode ser a aparência
-
Comida no prato ou no tanque de combustível?
Fome – No Brasil, passa de 30 milhões o número de pessoas com fome crônica. Como admitir que um país, com um território tão vasto e fértil, que colhe cerca de 270 milhões de toneladas de grãos na safra 2021/2022 (1,3 tonelada por habitante), possa ter índices tão alarmantes de famintos? E são mais de 100 milhões de habitantes em insegurança alimentar. No
-
Sobre a democracia e o voto
Democracia e voto – A democracia, já sabemos com Lenin, não pode ser um termo abstrato. Ela precisa ser adjetivada. Por isso que falar em democracia serve a todos. Como se só ao pronunciar essa palavra mágica já se compreendesse liberdade, participação etc… Não é assim. Basta a gente ver o que entende por democracia o governo dos EUA, por exemplo: para ele,
-
O maior condomínio de luxo do mundo
Não sei quantos amigos meus têm contato direto com os pobres, além de faxineiras, cozinheiras, garagistas etc. Mas quase todos sabem que faço ponte entre pessoas muito pobres e/ou excluídas e o mundo dos remediados e ricos. Com frequência, promovo campanhas, como a de Quaresma, e coleto cestas básicas, medicamentos e outros bens imprescindíveis. A pobreza é aterradora e humilhante. Ninguém a escolhe.
-
Lula promete investimentos na educação em evento na USP
No dia 15 de agosto, o ex-presidente Lula participou da “Aula aberta: Universidade Pública e Democracia”, evento realizado pelo Coletivo USP Pela Democracia. O encontro também contou com a presença de personalidades como Fernando Haddad, Ermínia Maricato e Marilena Chauí. Durante seu discurso, Lula destacou algumas realizações da sua gestão, como a diminuição da dívida pública, redução da inflação para 4,5% e investimento
-
‘Marighella’ leva oito estatuetas no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2022
O filme Marighella foi o grande vencedor do 21º Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, evento organizado pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais nesta quarta-feira (12) no Rio de Janeiro. Das 17 categorias em que foi indicado, o longa dirigido por Wagner Moura levou o maior número de premiações da noite, conquistando oito ao todo: Melhor Longa-Metragem Ficção Melhor Primeira Direção de
-
Lula no covil do pato
Lula na Fiesp – Dia de sabatina de Lula na Fiesp. Chego por volta das 10 horas da manhã com meu único blazer na portaria do prédio do covil do pato, sou encaminhado para o décimo oitavo andar. A turma de assessoras me indica uma vaga “para jornalistas de texto”, segundo uma delas, em sala com microfones individuais e dois telões nos cantos.