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candidatura do lula

Prato do dia: Lula com Chuchu

No dia 9 de maio, estreou aqui no Zonacurva o nosso novo programa semanal Live Política na Segunda, para discutirmos o cenário político até a eleição de 2 de outubro. O primeiro encontro contou com a presença do editor Zonacurva Fernando do Valle, Luis Lopes do portal ViShows, o advogado Roberto Lamari e o convidado especial Kiko Campos. advogado e membro da executiva estadual do Partido Verde de São Paulo. No sábado anterior à live, dia 7 de maio, ocorreu o lançamento oficial da candidatura da chapa Lula-Alckmin. Líder nas pesquisas eleitorais, Lula se juntou a outros partidos sendo eles o PSB, PC do B, Solidariedade, PSOL, PV e Rede Sustentabilidade no lançamento da sua candidatura. Lula concorre à presidência em busca de seu terceiro mandato e as expectativas sobre o possível novo governo de Lula dominaram o debate durante a live. Kiko afirma que durante o seu primeiro mandato que se iniciou 2003, o sindicalista pegou um Brasil relativamente equilibrado economicamente pelo governo Fernando Henrique. Ele acredita que, apesar da “herança maldita” de FHC, o cenário socioeconômico brasileiro era mais promissor do que o atual. Apesar dos diversos fracassos do atual governo, o antipetismo e a polarização política também serão obstáculos a serem enfrentados por Lula, consenso entre os debatedores. Luis Lopes relembra que, com a eleição de Lula, o bolsonarismo não desaparecerá de forma imediata. E Kiko reforçou que o Brasil é sim um país conservador, principalmente quando olhamos o eleitorado do centro-sul do país e parte da elite, que ainda concordam com algumas pautas propostas pelo atual presidente. O editor Zonacurva Fernando do Valle questiona a futura posição da chapa Lula-Alckmin nas questões ambientais, que atualmente é uma pauta de importância mundial, e que o Brasil tem relevância inegável. Durante o lançamento da campanha, esse tema não foi citado, mas Kiko afirma que o partido de qual é integrante, o PV, e a Rede Sustentabilidade, irão cobrar medidas urgentes na área em um possível governo de Lula.  Kiko ressaltou que Marina Silva, presidente do Rede, tem duras críticas à abordagem ambiental durante os quatro mandatos do PT, como, por exemplo, sobre a construção da Usina de Belo Monte, que prejudicou o meio ambiente e a população vizinha da hidrelétrica. Houve também a especulação sobre a ida de Bolsonaro aos debates, para Lamari, é improvável que o presidente participe dos debates de primeiro turno, já os de segundo turno, ainda são uma incógnita. Fernando expôs a sua vontade de assistir um debate onde a direita venha com alguma proposta.   Lula se compromete com melhorias no SUS em conferência A próxima visita de Lula a Pernambuco Alckmin de vice é autossabotagem Lula ganha no primeiro turno, segundo IPEC Lula e Boulos

A candidatura do Lula

Milhares de pessoas estiveram nessa quarta-feira (15) em Brasília para mais um ato de protesto contra o judiciário brasileiro que mantém o ex-presidente Lula preso, mesmo que ainda não tenha sido julgado. Os dirigentes do PT formalizaram a inscrição de Lula como candidato à presidência, não reconhecendo sua prisão como justa visto que, conforme alegam, está embasada apenas em convicções, sem provas contundentes. Logo, se não é justa, não pode ser barreira para sua participação no pleito de outubro. Mas, na verdade, o ato de inscrever Lula é só mais um protesto dentro da ordem, seguindo a estratégia do partido que é a de tentar todos os caminhos legais possíveis, mesmo que, contraditoriamente, diga que o judiciário está sendo político e não está levando em conta a lei. A tática petista é a maneira meio torta de dizer ao país que a prisão é ilegal, uma vez que outros políticos, pegos com provas evidentes, como é o caso do Gedel, da mala, ou os que foram igualmente delatados pelas mesmas pessoas que delataram Lula, seguem livres, leves e soltos. Apenas Lula está encarcerado. É um jogo complicado porque pode não ser entendido pela maioria da população. Se o judiciário não é confiável, por que então insistir em apelar a ele? Enfim… É a tática petista.  É claro que essa batalha jurídica acaba servindo para mobilizar a militância que se move na esperança de, com a força da luta, libertar Lula. Isso é bem difícil de acontecer, pois se na porrada pouco acontece, que dirá na paz. De qualquer forma Lula ainda consegue movimentar muita gente, vide o ato em Brasília que levou milhares às ruas, acompanhando a inscrição do ex-presidente. Agora, um dia depois da inscrição, já chovem pedidos de impugnação da candidatura e ninguém em sã consciência pode acreditar que ela seja homologada. Não será. Até a procuradora-geral da república já contestou. E aí sobram holofotes também para os peixinhos pequenos como o MBL e celebridades do golpe que buscam um lugarzinho na “grande novela”.  A série jurídica seguirá com episódios recheados de dramas possivelmente até o final do mês, ou mais tardar, início de setembro quando encerra o prazo para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) julgar os pedidos. Assim, entre uma ação e outra o PT segue na mídia e, de certa forma, fazendo sua campanha gratuitamente pelos jornais e redes de TV. E, mesmo que Lula não seja o candidato, o furdunço judiciário servirá para manter a denúncia da ilegalidade e da injustiça. Isso é bom para o PT, que segue amealhando apoios em todo o mundo.  Há quem diga que mesmo sendo impugnada no TSE, a candidatura pode recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal), onde naturalmente será derrotada, ainda que o tema siga sendo notícia de jornal nacional e internacional. É a estratégia petista. As lideranças acreditam que bater na injustiça cometida contra Lula, de forma ordeira e “democrática”, pode ajudar o candidato oficial que será Haddad, tendo como parceira Manuela do PCdoB.  Pode dar certo, ou não. Agora é esperar para ver. De qualquer forma teremos a polaridade petucana nessa eleição, embora como apregoa o professor Nildo Ouriques, possa ser o princípio do fim. A próxima visita de Lula a Pernambuco Lula e Boulos