Zona Curva

feminismo

A luta da atriz Nicole Puzzi contra os caretas desde os anos 70

Com colaboração de Isabela Gama O CONVERSA AO VIVO ZONACURVA contou com a presença da atriz e apresentadora Nicole Puzzi no dia 12 de novembro. Em um bate-papo descontraído com o editor Zonacurva Fernando do Valle, a secretária de redação Zonacurva Lilian Dreyfuss e o editor Vishows Luís Lopes, a atriz criticou o retrocesso que o país enfrenta com o atual governo.  Ao comentar sobre sua carreira, Puzzi contou que atuou com diversos nomes de peso no cinema brasileiro como Antônio Fagundes, José Wilker, José de Abreu e Lúcia Veríssimo, mas, segundo ela, apenas ela ficou estigmatizada como a atriz de pornochanchada. Ela explica que o termo pornochanchada foi criado por dois críticos com a intenção de difamar e tirar audiência do cinema nacional. O que posteriormente deu certo, ainda hoje as obras realizadas na região da área central da cidade de São Paulo, que foi apelidada de Boca do Lixo, são tachadas de obras de baixo nível cultural. A vida artística de Nicole foi marcada pelo preconceito e o machismo, principalmente por comentários realizados por outras mulheres, que segundo a atriz, eram os que mais a machucavam. Entretanto, ela ressalta que escolheu a carreira de atriz porque sempre foi apaixonada pela profissão.  Segundo Puzzi, não havia assédio nas gravações dos filmes da chamada Boca do Lixo, mas sim na televisão, em que que situações de importunação sexual eram frequentes. Feminista desde os anos 70, a atriz, que também apresenta o programa Pornolândia no Canal Brasil, ressalta a importância da luta das mulheres da sua época para a conquista de direitos das mulheres atualmente. Ela afirma que a libertação sexual do século 21 começou com o progresso de certos direitos femininos nas décadas de 70 e 80. A pílula anticoncepcional e o ativismo da comunidade LGBTQIA+ e de figuras populares como Cazuza também ajudaram para o avanço da liberdade sexual da mulher.  Mas, Puzzi lembra, que, durante os anos 90, com a ascensão da igreja evangélica se iniciou um certo retrocesso em relação a isso e centenas de pessoas quiseram impor suas crenças sobre essas mulheres. A eleição de Bolsonaro vem nessa toada no sentido de conter o progresso obtido pelas minorias ao longo dos governo Lula e Dilma. Para Puzzi, com a eleição de 2018, a tragédia chegou e todos puderam expor seu pior lado de muito preconceito e ódio, já que agora o próprio chefe de estado representa essas pessoas. A atriz aponta que essa repulsa do governo em relação à comunidade LGBTQIA+ nada mais é do que insegurança sexual. Essa insegurança, segundo ela, leva esses homens reacionários a defenderem com veemência a heteronormatividade e a só confiarem e indicarem homens, em sua grande maioria, para os cargos públicos, colocando a mulher em papel secundário. Mário Frias, atual ministro da cultura, também foi alvo de críticas da atriz. Segundo ela, Frias é um péssimo ator e tinha pouca visibilidade no ramo artístico. O ressentimento do ator se mostrou na hora que virou secretário da Cultura e se tornou responsável pelo desmonte do apoio do governo federal ao setor. “Ele retirou as leis de incentivo à cultura”, afirma. Atualmente, a atriz faz parte do grupo de teatro Satyros e estreia a peça “Aurora” ainda esse mês, no dia 25, e tem filmado com jovens diretores. Além disso, Puzzi prossegue com seu programa Pornolândia no Canal Brasil e se diz em momento de extrema felicidade em sua carreira.  O filme que o Brasil não podia ver  

O efeito do patriarcado sobre o feminino – para entender a “Revolta das Mina”

por Luca Valente Revolta das minas – Através de todas as tragédias e confrontos que infelizmente atingem nosso cotidiano, o ser humano vislumbra um caminho de cura e união. Para a busca da melhor percepção do nosso tempo, é bacana entendermos a consequência do patriarcado sobre a psique feminina e seu espírito e como, ao longo da história, o feminino foi oprimido pela voz, crenças e práticas do patriarcado. FEMININO = MULHER = YIN PATRIARCADO = MASCULINO = YANG A mulher/feminino tem sido despojada de seu valor e importância no equilíbrio da vida, sua voz e valor foram negadas e censuradas. ELA foi ridicularizada e zombada por sua sabedoria feminina, visão intuitiva e crenças. Sua inteligência ou direito de pensamento tem sido, por todos, questionada. A expressão de seu mundo emocional tem sido usada para seu descrédito. À mulher é negada a dignidade da expressão legítima, autêntica e natural de sua feminilidade, é tolhida sua própria integridade feminina e soberania sobre seu ser feminino. O feminino, na história da humanidade, que aprendemos na escola, FOI e ainda é humilhado e menosprezado, sendo deixado à própria sorte, nos restando a súplica pelo valor do feminino e nossa luta pela igualdade de tratamento. A mulher e o feminino foram sistematicamente torturados, estuprados, abusados, objetificados, brutalizados, sexualizados, descartados, diminuídos e prejudicados. A mulher foi queimada na fogueira, afogada como uma bruxa, e torturada em sua consciência. Desta forma a mulher, existência após existência, geração após geração, renunciou a sua INTUIÇÃO, VOZ e VISÃO feminina. Com isso, tornou-se vacilante e aterrorizada, abriu mão de sua força em aquiescência, conformidade, silêncio e submissão. O Retorno do Sagrado Feminino Durante vidas e mais vidas através dessa experiência coletiva, na psique das mulheres em todo o mundo, o patriarcado fez com que a existência perdesse seu equilíbrio e com isso, toda a harmonia na terra foi abalada, causando consequências desastrosas à vida. E o feminino, pela negação implacável de seu valor inerente e valor pessoal, passou a viver em profundo conflito, confusão e alienação com seu próprio Ser: seu coração, sua voz, sua sexualidade, seu corpo, sua expressão, seu valor e sua confiança dentro de si mesma. Ser mulher tornou-se maldição. E, vivendo dentro de um sistema desequilibrado e em conflito consigo mesmo, as mulheres passaram a viver também em conflito umas com as outras. E assim, a verdadeira energia do Sagrado Feminino e essência – majestade, soberania, esplendor, mistério e sabedoria – tornou-se encoberta e reprimida, perdendo-se na escuridão, raiva, rancor, vergonha e tristeza. Com isso TODOS perdem. O Yin se perde no Yang e o Yang obscurece o Yin. A gravidade do dano causado à Energia do Feminino pelo patriarcado, por anos e anos de sofrimento, causaram feridas profundas no DNA da própria humanidade. Assim, por causa do ferimento sofrido por toda a vida por mulheres, os homens, a Mãe Terra – Gaia, Sophia e todas as criaturas da vida – como um resultado da supressão da expressão do Sagrado Feminino – pagam um alto preço. Agora essa ferida é sofrida, universalmente, por todos que têm vida. E assim, para curá-la, é preciso buscar a reparar os fragmentos rasgados da consciência divina e sagrada do Feminino que existe dentro de todas as mulheres e homens e toda a Vida, aí incluso o masculino, claro. Devemos procurar recuperar o que foi descartado, censurado, abusado e negado porque o que foi negado é tão precioso e valioso para o equilíbrio de toda a vida na terra. Mulheres e homens são pessoas e pessoas são só pessoas, iguais. Vamos dar uma chance ao feminino. Vamos prestar atenção NAS MINA, PÔRRA!!! Viva Pagu