Zona Curva

poesia

Dia do poeta

  Ontem (dia 20 de outubro), foi celebrado o Dia dos Poetas. Leia poema de nosso colaborador, o poeta Marco Piantan, em homenagem ao dia:   Obrigado a todos os poetas Que dividiram seus infortúnios e alegrias comigo Que me fizeram companhia quando estava sozinho E nas noites mais sombrias Não me deixaram desistir de sonhar   Em suas almas torturadas pude me ver Surpreendido por encontrar Meu próprio pensamento Na cabeça de estranhos Assim reconheci a irmandade de todos os seres humanos Que sozinhos dividiam as mesmas dores O mesmo anseio por amores A mesma paixão por liberdade O mesmo amor pela humanidade   Esses que sabem tirar dos sofrimentos A beleza de suas verdades   Que nunca deixam em paz Os carrascos do amor Que não se importam com as chantagens do destino Para criar as visões de seus paraísos   Esses que perdidos num mundo sujo Não deixam de encontrar a beleza Para que ninguém se esqueça Que no fundo o que vai sobrar da vida Nos corações dos nossos irmãos São os sonhos das poesias

A primavera

O poeta Marco Piantan (http://www.piantan.blogspot.com.br/) publica pela primeira vez no Zonacurva. Leia poema inspirado pelas manifestações nas ruas de Sampa: A Primavera nasce no coração da terra No fundo escuro dos maiores desejos e surpreende até os mais céticos com o desabrochar de suas flores desperta os corações mais cansados com a delicadeza de seus sonhos acorda do sono profundo todo um povo com o canto dos pássaros encantados pelas flores que crescem com a fumaça das bombas desarmando com seu perfume os preconceitos aprofundando em cada um sua raíz até tomar cada rua das cidades do meu país A primavera se espraia em levantes de alegria e contagia com sua poesia nossas vidas colorindo o solo de nossa terra amada com novas esperanças de mudanças com novos futuros para nossas crianças quem poderá calar o clamor que se eleva das ruas? quem poderá deter o desabrochar das rosas que atacam o inverno de nossos corações? Aos poucos não haverá nenhuma rua nenhuma sala nenhum coração nenhuma janela que se mantenha fechada ao apelo da beleza da vida que nos convida à canção canção de amor e paz numa terra castigada pela fome, miséria e opressão canção de luta e de libertação em plena rua de braços dados com nossos irmãos.