O beat William Burroughs e o rock
Burroughs – Imortalizado como a figura beat por excelência, o escritor William Burroughs virou, em suas últimas décadas de vida, um verdadeiro oráculo do mundo do rock. O velho Bill participou de clipes de bandas como Sonic Youth e Ministry, entrevistou David Bowie para a Rolling Stone norte-americana. E não parou por aí: Kurt Cobain acompanha Burroughs na leitura de um de seus escritos e Frank Zappa e Patti Smith pediram a bênção para o ícone da contracultura. William Burroughs nasceu em Saint Louis, nos Estados Unidos, em 5 de fevereiro de 1914 e morreu em 2 de agosto de 1997. Leia a entrevista de Bowie a Burroughs em português no blog Socialista Morena O filme Drugstore Cowboy (1989), dirigido por Gus Vant, retrata a vida de um pequeno grupo de junkies. Burroughs interpreta o padre Murphy, um velho viciado em drogas, que filosofa sobre a relação das drogas com a política. Veja o trecho: Burroughs escreveu novelas, memórias e poesia. Ele também pintou, fez colagens, tirou milhares de fotografias, produziu centenas de horas de gravações experimentais, atuou em filmes e gravou mais cds do que muitas bandas de rock. Na década de 1940, Burroughs mudou-se para Nova York, onde iniciaria sua carreira literária e faria amizade com Jack Kerouac e Allen Ginsberg, entre outros escritores beat. Teve inúmeras experiências com alucinógenos e foi viciado em diversas drogas, incluindo morfina. Em 1951, matou sua mulher em um acidente com arma de fogo, o que ele próprio mais tarde reputou como experiência definidora para sua carreira de escritor. Dois anos mais tarde, lança sua obra mais conhecida, Junky, com o pseudônimo William Lee. Outro livro que o tornou conhecido foi Almoço Nu, lançado na França em 1959. Na década de 60, o também escritor Norman Mailer afirmou: “William Burroughs é o unico romancista norte-americano que inegavelmente carrega genialidade em sua obra”. Burroughs morreu em 2 de agosto de 1997, na cidade de Lawrence, nos Estados Unidos. “Não nos damos conta de até que ponto a história é ficção. O passado em grande parte é uma invenção dos vivos. E a história é um montão de coisas fabricadas. Não há fatos de verdade” William Burroughs O poema de Jack Kerouac para Charlie Parker Burroughs no clipe do Ministry (1992) Kurt Cobain acompanha com sua guitarra leitura de Burroughs http://youtu.be/zdXebZWroow Fontes: blog Socialista Morena , site Obvious (texto de Guilherme Ziggy) e site da Editora L&PM. Exposição homenageia Rita Lee no MIS Clemente: o movimento punk nunca há de morrer